
É o início da dança. Agora subjugado ao calor que derrete âncoras,
o corpo,
esse grande barco ancorado,
desliza com ímpeto,
vertigem de rotas esquecidas.
Vagamente sentido, quase esquecido,
torna-se apenas superfície de um mar revolto.
Alonga-se o infinito nas profundezas secretas
e livre nos movimentos,
vislumbra-se a alma em fogo.
É a eterna insónia do Universo, impressa na matéria.
Dança antiga e ritual de Deus em ti, barco preso à terra.
3 comentários:
Gostei da sua visita e deste seu espaço.
feliz semana.
Adorei a imagem do poema: 'corpo, barco preso à terra'. Vagamos em mar calmo e revolto, em dias ensolarados e tempestuosos e com poucas opções de escolha nesse oceano-universo.
Abraços,
*
barco universal,
dança oculta
em ritual secreto,
mar e terra
dominios de Deus,
,
conchinhas, dou-te,
,
*
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