Com mãos de nada e beijos de vento.




Alonga-se o verde na visão magnífica encarcerada de espinhos. São apenas abraços de esperança derramados em catadupa, abarcando o tudo e nada, na realidade inventada.
Serão ainda ninhos protectores que aconchegam dores.
Ou prisões sonhadas em noites claras.
Manifesta possibilidade de criar realidades.
Com mãos de nada e beijos de vento.
Dissipando.
Dissolvendo.
Legitimando o universo no ciclo da criação.

3 comentários:

Graça Pires disse...

"Com mãos de nada e beijos de vento" se fez este belo poema
"abarcando o tudo e nada".
Um beijo.

poetaeusou . . . disse...

*
verde armadura
de espinhos
em contenção
agressivos
ou
uma tela da natureza . . .
,
conchinhas,
,
*

Elizabeth F. de Oliveira disse...

O teu olhar, Maria, é singular e a tua poesia é rara, como a delicadeza do teu coração.
Beijo grande.