Ainda tardo no anoitecer. Fico em silhueta amparada pelo pensamento. Devagar escolho a sensação de adormecer no teu sopro de Outono. E amputada no querer deixo rios de imagens deambularem nas mãos do vento. Escurece no meu peito e aclaram-se as formas de vida ao meu redor. Vejo-te. Preencho o mapa do teu corpo com lágrimas secas que guardei no coração. Tardiamente, na madrugada!

5 comentários:

TITA disse...

Amiga,nos nossos Outonos creio que o vento tudo leva.Por isso as nossas noites se levadas hão-de surgir transfiguradas em lagos de tranquilidade e e paz.Belíssimo poema e inquietante.Um abraço.

O Árabe disse...

Gosto do seu estilo de escrever... a poesia da adolescência, com a aceitação da maturidade. Boa semana!

Graça Pires disse...

A madrugada é quase sempre o lugar das sensações mais íntimas...
Beijos.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

'Preencho o mapa do teu corpo com lágrimas secas que guardei no coração.' Belíssimo!

Um grande abraço.

Nilson Barcelli disse...

Por que não voltas?
Gosto tanto de te ler...
Beijos, querida amiga.