O único sentido.



É a felicidade que chega na porta entreaberta ao frio,
no escorrer gelado das lágrimas
que do fogo passado realizaram profecias.
É ainda, o arrepio na madrugada
e a chegada nunca antes anunciada
daquela pequenina estrada
nunca vista
qual erva, na borda do caminho,
o ombro desconhecido,
o vulto amigo, pressentido.

Visto-me dela
E caminho.
Dispo-me dela
E retorno ao caminho.

Pequenina estrada
És o único sentido.

Sigo-te de olhos cegos
Com mil sentidos despertos
Esvazio-me de mundo
Preencho-me de nada
Anseio madrugadas.

Felicidade.

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