Reinventa-se o paraíso.



Há no extremo do pensamento, a presença cíclica do vazio. Lá dentro, esvoaçando em círculos, multiplicam-se as dores e os amores e esfumam-se provocadoramente todas as formas que de há milénios nos tentam.
Há ausência.
Há a vastidão sufocante de um mar em fúria.
Há o gemer ondulante de uma floresta cerrada.
Deambulam memórias cansadas de eternidade. Adormecem certas de acordar mortas. Reinventa-se o paraíso. Casam-se lágrimas e sorrisos no tempo de um Deus.

1 comentário:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Maria Vento, a ausência é a presença ausente.
Linda a reflexão.



beijos no coração