Sabes?



Sabes?
Talvez aqui ou lá.
No tempo da alfazema por crescer
ou apenas na terra das rochas ponteagudas
onde os passos eram vôos rasgados.
Há um passado de poemas adormecidos.
Um olhar por nascer no correr do rio,
no adormecer do mar.
Sabes?
Talvez surjam pássaros nos meus dedos
que cansados te desenharam.
E não sabendo, vivo-te, vives-me
e em nós me torno,
desconhecendo-te.
Sabes?
Saberás algum dia o caminho sem nome
que companheiro do vento
conhece de cor todos os recantos?

4 comentários:

maré disse...

sabes que o vento articula os sons da seara que nos colheu os verões?
talvez não saibas, meu amor.
__muitos pássaros morrem na urgência da sede.


beijos

O Árabe disse...

Companheiro do vento... que leva e traz os sonhos do ser humano. :) Belo poema, boa semana!

Anónimo disse...

saudações fraternas!

Blog do Akira disse...

Belo. Sublime. Sagrado.
Já sou teu fã.